Cia Una D'Art.: março 2010

Me chamo Rita de Cássia Souza, mas a partir de um momento muito especial pra mim que foi ter conhecido o valor da arte através da Cia Una D’Art, passei a me chamar Rita Gutt. Minha história de amor com a Cia Una D’Art começou no ano de 2005 e desde então me divorciar dela se tornou uma tarefa mais do que impossível. Na época eu fazia parte de um grupo de teatro na escola, mas era algo bem amador mesmo, era um grupo formado para interpretar datas festivas, tínhamos quase que nenhum apoio, mas fazíamos o que gostávamos e isso era o que importava. Um belo dia na diretoria da escola encontrei um jornal local que convidava jovens de até 18 anos para participarem de Oficinas Culturais de teatro que seriam ministradas pelo profissional Ronaldo Dias quando li aquilo na hora pensei em fazer minha inscrição para o curso, espalhei a noticia pra galera do grupo da escola e juntos fomos fazer a inscrição. Me lembro como se fosse hoje que no dia em que a oficina iria começar eu tinha que trabalhar e não pude ir, minha amigas todas foram e no dia seguinte na escola me falaram sobre um universo que até então eu conhecia muito pouco. Na semana seguinte consegui ir para a oficina e de cara peguei um papel para interpretar. Fizemos a montagem de um espetáculo infantil chamado “O PALHACINHO TRISTE E A ROSA”. O resultado surpreendeu a todos que assistiram e acompanharam o processo. No ano seguinte, começamos mais uma Oficina e montamos um Texto de Jarbas Capuço Filho intitulado “EU TE PEGO NA SAÍDA”, no qual utilizamos uma linguagem cotidiana e mostrávamos ao publico a violência na escola. Já em 2007 as pessoas que foram se firmando nas Oficinas começaram a fazer parte da Cia Una D’Art então resolvemos fazer um trabalho de pesquisa em cima da vida de Bárbara Heliodora que era cantora, poetisa e esposa de Alvarenga Peixoto (figura importante na época da Inconfidência Mineira), o trabalho foi grande, pois era a nossa primeira pesquisa, mas o resultado foi prazeroso demais, várias descobertas aconteceram (desde lá não parei mais de cantar, mas tudo bem...). 2008 pensem num ano tudo de bom, ou como dizem meus amigos MARAAAAAA fizemos duas montagens complicadas e de pesquisa textual e corporal, novos amigos apareceram e ganhamos mais um pai adotivo Joaz Campos. O Joaz foi anjo maravilhoso que Deus colocou no nosso caminho, um profissional de um talento e uma humildade inigualáveis. Com a entrada do Joaz começamos a descobrir um lado mais musical que antes a companhia desconhecia, então passamos a mesclar interpretação, sentimento e musicalidade. Em “O MÁRTIR” emocionamos todo o publico presente contando a saga do Santo Milagreiro que livrou a cidade de Ibiúna da Peste, da Fome e da Guerra. Falamos sobre a vida do Mártir São Sebastião, encenando uma história religiosa dentro da própria igreja católica. A partir daí era possível perceber o amadurecimento dos atores, inclusive o meu. No final desse mesmo ano, estreamos “A TRÁGICA HISTÓRIA DE ROMEU e JULIETA”, o processo de montagem também foi muito prazeroso e o resultado maravilhoso. Em 2009 reatamos com o “BAÚ MÁGICO” texto de Rose Passos, atriz fundadora da Cia Una D’Art. O BAÚ é um espetáculo infantil encantador e “imortal”, por onde o espetáculo passou, fez o publico voltar a ser criança. Apresentamos em várias escolas do município e também saímos pra outras cidades como, por exemplo: Cotia, Vargem Grande, Caucaia do Alto e Aldeia da Serra. Agora em 2010 estamos quase estreando “RIOTERRIMAR” um espetáculo encantador de cultura popular, musical, instrumental, e que com certeza vai encantar a todos que assistirem, vai ser algo totalmente diferente de tudo o que já fizemos.
“O PALHACINHO TRISTE E A ROSA” – direção: Ronaldo Dias/Cenografia: Wander Panhoça
“EU TE PEGO NA SAÍDA” – direção: Ronaldo Dias/ Cenografia: Wander Panhoça
“BARBARA BELA” – direção: Ronaldo Dias
“O MARTIR” – direção: Ronaldo Dias/ Supervisão: Joaz Campos
“A TRÁGICA HISTÓRIA DE ROMEU E JULIETA” - direção: Ronaldo Dias e Joaz Campos
“O BAÚ MÁGICO” – direção: Rose Passos e Ronaldo Dias
“RIOTERRIMAR” – direção: Joaz Campos